Essa semana, dois casos graves chocaram o país e foram motivo de militância política dos dois lados. Com relação ao assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava seu aniversário com tema em homenagem ao ex-presidiário Lula, até se pode dizer que foi crime politizado (não político, que é diferente, pois não interfere nos rumos da eleição, como foi com o crime político de Adélio Bispo), embora devamos aguardar a conclusão do caso. Mas o que me chamou a atenção para escrever esse texto foi a louca busca pela defesa política do anestesista estuprador apenas para politizar o crime e culpar a esquerda. Isso é doentio!
Essa forma de ver a tragédia é muito errada e deve ser rechaçada. Eu entendo quem busca as pressuposições por trás das ações, quando tentamos saber as ideologias por trás. Isso não é de todo errado, pois serve como referência para as reações seguintes. Mas isso não pode ser feito de forma doentia, como se tudo tivesse que ser politizado.
Nesse caso específico do anestesista, não importa se ele era de esquerda, como de fato é. O que importa é que ele cometeu um crime hediondo e deveria ser pesadamente punido por isso! A culpa aqui não é da ideologia em si, mas do próprio homem que seguiu seus impulsos pecaminosos.
Como eu disse, as ideologias servem como uma referência. Particularmente, creio que as ideologias de esquerda são anticristãs, mas isso não significa que não haja perversidades do outro lado, ou que não possa haver bondade, por conta da graça comum de Deus, no lado da esquerda.
Daqui a pouco, o que mais vai ter é gente perguntando a cada criminoso quais as visões políticas dele. Isso não é normal, pessoal. Isso revela um extremismo político característico dos radicais lulopetistas e bolsonaristas.
Como cristãos, devemos analisar as tragédias a partir das lentes da queda e da graça. Todo crime é pecado, ainda que ideologias influenciem. No fim, o homem será punido não por causa de seus pensamentos políticos, embora esses sejam efeitos das raízes do coração, mas porque pecaram contra o Senhor de modo inconfesso.
Rodrigo Caeté
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