Se preparando para as missões do século 19, Judson conheceu a jovem Ann Hasseltine, por quem se apaixonou. Depois de um mês, eis que ele escreve ao pai dela o seguinte texto:
"Agora, tenho que lhe perguntar se o senhor consente que parta com sua filha no início da próxima primavera e em não vê-la mais nesse mundo; se consente na partida dela e em sua sujeição às dificuldades e sofrimentos da vida missionária; se o senhor consente que seja exposta aos perigos do oceano, à influência fatal do clima do Sul da Índia; a todo tipo de privação e angústia; à degradação, ao insulto, à perseguição e talvez a uma morte violenta. O senhor pode consentir com tudo isso por causa dele que deixou sua casa celestial e morreu por ela e pelo senhor; por causa de almas imortais perecendo; por causa de Sião e pela glória de Deus? O senhor pode consentir com tudo isso na esperança de logo encontrar sua filha no mundo de glória, com a coroa de justiça, iluminada com as aclamações de louvor que devem ressoar dos pagãos salvos, pela seu Salvador, salvos, por meio dos recursos dela, da angústia e desespero eternos?"
De forma surpreendente, o pai dela deu o aval dizendo que a filha que deveria decidir por si mesma.
Em uma carta que Ann escreveu para a amiga Lydia Kimball, eis a reposta dela:
"Estou disposta e espero, se nada na providência impedir, passar meus dias nesse mundo em terras pagãs. Sim, Lydia, estou determinada a abrir mão de todos os meus confortos e diversões aqui, sacrificar meu afeto por parentes e amigos e ir para onde Deus, em sua providência, achar que é o lugar adequado para mim."
E eles foram!
Diante disso, deixo três perguntas aos senhores leitores:
1) Você, homem jovem, dedicaria sua vida integralmente ao chamado de Deus, mesmo sabendo dos riscos?
2) Você, pai, diria sim a uma carta dessa? Daria consentimento? Permitiria que sua filha dedicasse sua vida para a glória de Deus?
3) E você, jovem cristã? O que diria? Diria sim um mês após conhecê-lo? Amaria a Deus dessa forma, amando seu marido em seu difícil chamado? Iria depois de ouvir tudo nessa carta?
Nós sabemos que é belo ler biografias e como os outros se entregaram. Mas não parece tão belo assim quando esse chamado bate a nossa porta. E aí? Qual seria a sua resposta?
Você pode conferir a Narração desse texto clicando aqui
Rodrigo Caeté
Comentários
Postar um comentário