Jefté é bastante conhecido pelo seu voto com Deus na expectativa de vencer uma guerra (Juízes 11.30-40). Hoje, contudo, desejo publicizar outra ótica da narrativa. Você sabia que ele teve que aprender a lidar com seu passado também? Segundo a cosmovisão determinista do mundo, Jefté tinha tudo para dar errado na vida:
"Era, então, Jefté, o gileadita, homem valente, porém filho de uma prostituta; Gileade gerara a Jefté." (Juízes 11.1)
O ser filho de prostituta foi descrito em contraste a ser homem valente. Note o peso negativo que era ter um passado tão sombrio, a ponto de sua filiação ser contrastada com sua valentia quando adulto. São dois espaços de tempo distintos. Entre o "porém era filho de uma prostituta" até o "homem valente" muitos anos se passaram, e Jefté teve que aprender a superar, na linguagem atual, seus traumas do passado. Ele teve que aprender que suas tragédias antigas não poderiam definir quem ele era no presente. E, lidando com todos os seus monstros emocionais, ele prosseguiu, avançou, progrediu e se tornou um "homem valente". Não havia mais um "porém" em sua vida, e a própria Escritura o qualifica como um dos heróis da fé:
"E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas," (Hebreus 11.32)
Quanto a ti, caro leitor, não é seu passado que te define, mas a cruz de Cristo. Todas as vozes internas e externas que ainda gritam acusativamente em seus ouvidos devem ser caladas pelo poder do Evangelho. Sua identidade não está mais nos seus pecados, mas na santidade de Jesus. E sabe o que ele diz a ti quanto aos poréns de sua vida?
"uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3.13-14)
Portanto, continue a correr a carreira cristã, e jamais retroceda ao seu passado. Seu nome é Cristão.
Rodrigo Caeté
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