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A queda da Colômbia e a unificação socialista da América Latina: O Foro de São Paulo a todo vapor


Neste último domingo, 19 de junho de 2022, a Colômbia selou seu passaporte para o caos político e social que um desgoverno de esquerda adora. O ex-guerrilheiro Gustavo Petro foi eleito o primeiro presidente de extrema-esquerda da Colômbia. O ex-amigo do Hugo Chavez e ex-participante do grupo terrorista de guerrilha M-19, Petro terá como vice uma radical ativista pelas causas raciais, uma autodeclarada negra feminista que lutará ativamente contra o racismo, a Francia Márquez. Nós que já passamos por algo parecido, ao elegermos uma ex-guerrilheira para a Presidência da República, a senhora Dilma Rousseff, já sabemos o quanto é desastroso eleger aqueles que antes tentavam o poder através da luta armada, sendo justificado qualquer derramamento de sangue. Atualmente, a Amarica Latina tem permitido a vingança dos antigos derrotados que queriam dominar para matar, e não poucos países têm amado tais líderes sanguinários. Talvez seja a tal Síndrome de Estocolmo, que poderíamos batizar por aqui de Síndrome de Foro de São Paulo. 

Fundada em 1990 pelo ex-presidiário Lula e pelo ditador Fidel Castro, o Foro de São Paulo tinha o objetivo de unificar a América Latina (AL) em uma socialização em massa. Durante quase duas décadas, a mídia tentou negar ou esconder a existência dessa organização política de esquerda, sendo, atualmente, aberta sua existência e propósito. Convido o leitor a entrar em seu site oficial e ler na íntegra seus objetivos (pesquisa "site Foro de São Paulo"). Quanto ao objetivo de uma unificação socialista aos moldes da antiga União Soviética, vários presidentes de esquerda da AL emitiram notas de apoio e, pasmem, com ares de progresso em relação à unificação. Alguns falaram abertamente em continuarem lutando nesse propósito.¹ 

Em 2019, a Argentina elegeu seu presidente de esquerda, e hoje o desastre político-econômico é assustador; em 2021, foi a vez do Peru eleger seu esquerdista; também em 2021, tomando posse esse ano, foi a vez do Chile bater a ponto quanto ao próximo desastre; e agora chegou a vez da Colômbia. Agora, já são 8 países da AL (eixo Sul) governados por líderes declaradamente de esquerda. Além destes citados, temos a Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, isso sem contar o México, considerado politicamente como eixo sul da AL, e também sendo governado por um esquerdista. Faltam agora Equador, Paraguai, Uruguai e Brasil. 

O Foro de São Paulo segue a passos largos em direção ao seu objetivo, e o Brasil está na mira. Alguns dizem que a esquerda esteve no Brasil durante quase 2 décadas e não fez nada disso. Não houve nenhuma ditadura ou manifestação de unificação da América Latina. É impressionante a inabilidade política de analistas. Todo processo de socialização se inicia no pensamento, nas bases culturais e ideológicas. O último passo é através da política. Mas alguns só sabem pensar na política e em cargos. Esse é o maior erro da direita brasileira que acha que basta se candidatar e vencer uma eleição. É uma tolice isso. A guerra precisa ser no campo da cultura. A esquerda lutou praticamente sozinha durante quase duas décadas e avançou em todas as frentes culturais. Será que é difícil enxergar que agora só falta a vitória política? Repito o que eu já disse em outros textos: se o Lula vencer essas eleições, a esquerda não sairá do poder. Espero estar errado. 

Que Deus tenha misericórdia de nossa nação. E que você, caro leitor, possa fazer sua parte nas urnas. Nunca foi tão claro e fácil votar. Cuidado para não ser cúmplice da tragédia anunciada. 

Notas 

1. Disponível no link a seguir <https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/mundo/noticia/2022/06/20/lideres-da-america-latina-parabenizam-gustavo-petro-por-vitoria-na-colombia.ghtml>

Rodrigo Caeté

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