Enquanto cremos que há poder somente na Palavra de Deus, correu em nosso meio o mito de que as nossas palavras têm poder. Seja "palavra de maldição" ou "palavra de bênção", não foram poucas as vezes em que ouvi que deveríamos escolher bem as palavras, dependendo do nosso alvo.
É uma bênção que isso seja um mito. O homem é tão instável que viveria a amaldiçoar e abençoar a mesma pessoa até o fim da vida. Isso seria um poder que o homem usaria para a sua própria destruição.
Embora a nossa palavra não tenha poder, o que sai da nossa boca pode ser para assinatura de condenação. Podemos falar, como diz Jesus, conforme o interior de nosso coração, sendo nosso falar muitas vezes evidência de perdição. (Mt 12.34).
O Deus que criou o mundo falando - "haja luz" - também decidiu que a recriação do homem seria pela verbalização: "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir, pela Palavra de Deus." (Rm 10.17).
E da mesma forma que a Palavra salva, também condena, não somente o ouvinte, mas também o falante que a utiliza para o seu bel prazer. Ai desses que utilizam a Palavra da salvação para a sua própria perdição.
Portanto a Palavra tem poder de enviar ao inferno aqueles que usam do poder da palavra para distorcer a Santa Palavra. Parecerão eternamente aqueles que nesse curto período de tempo usaram a língua para envenenar aos ouvidos dos ouvintes, cujo veneno é para si mesmos motivo de embriaguez espiritual.
Rodrigo Caeté
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