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O preço da gravidez: mulher cobra 250 mil reais ao marido para engravidar


"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus." (2 Timóteo 3.1-4) 

Há mais de 2 mil anos, o apóstolo Paulo já alertava sobre os homens se tornarem cada vez mais egoístas. Recentemente, mais uma história minimamente cruel acirrou os ânimos nas redes sociais. Um casal norte-americano expôs publicamente seu trato quanto a, finalmente, aumentar a família com o primeiro filho depois de 6 anos juntos. Quando estavam decidindo por abortar os métodos contraceptivos, a esposa ficou sabendo que só receberia a metade de seu salário durante os 6 primeiros meses, enquanto que não receberia nada nos outros 6 meses seguintes, já que seu trabalho oferece 1 ano de licença-maternidade. Foi, então, que ela pôs na ponta do lápis e fez todos os cálculos desse período que ficaria sem receber, e disse ao marido que esse seria o valor que ele deveria pagar a ela se quisesse realmente ter um filho: 250 mil reais. Detalhe: ela ainda exigia, nas 16 páginas de escrita detalhada, que, caso ele aceitasse, houvesse um registro em cartório desse acordo. Essa notícia foi amplamente divulgada pela BBC Brasil, e grande parte dos comentários aprovava a decisão da mulher. Ora, o que o cristianismo tem a dizer sobre isso? 

Parece surreal algo como isso, mas infelizmente devemos nos preparar para as expressões mais radicais da depravação humana. Quanto ao trágico relato, há inúmeros erros que precisamos mencionar: 

1) Segundo o próprio marido, de 34 anos, eles são "casados" apenas "espiritualmente". Ou seja, estão a viver juntos sem o consentimento legal de um casamento; 

2) A mulher, de 29 anos, tem abdicado de seu papel de esposa e mãe, estando fora de casa exercendo sua profissão em detrimento de seu lar; 

3) Eles afirmam ainda que sempre dividiram todas as despesas ao meio. Isso distorce o significado do papel masculino de ser o provedor de seu lar. Isso também distorce o significa da renda familiar, uma vez que todo o dinheiro é da família, e não "meu" e "seu"; 

4) Há uma quebra explícita dos papéis de liderança e submissão; 

5) Ainda segundo relatos do marido, eles estavam aguardando uma condição financeira melhor. Ele relatou que os dois ganham juntos, por ano, cerca de 880 mil reais. Ninguém, certamente, deve ser contra o mínimo de planejamento familiar, desde que não se use nenhum método contraceptivo abortivo, como a maioria parte dos métodos atuais. Todavia, tem havido um exagero avarento em relação a essa tal condição financeira para ter filhos ou mesmo casar. O que se esconde por trás disso, muitas vezes, é a antiga ganância da alma. 

6) A mulher faz esse cálculo de 6 meses porque deseja voltar logo ao seu trabalho. Ela estaria, aqui, desprezando seu chamado de mãe, ainda numa fase tão pequena da criança. 

7) A conclusão é que acabam por tratar o bebê como um negócio; tratam como um processo de transação financeira a ser calculada a partir do quanto eu ganho do meu trabalho. Dessa forma os filhos passam a ser avaliados apenas monetariamente. Isso é demoníaco! Vale destacar ainda que, segundo o marido, ela ainda teria realizado um aborto logo no início de seu relacionamento. Ou seja, uma vida no ventre dessa mulher é visto como um mero objetivo que pode ser descartado ou precificado de acordo com o quanto eu recebo em meu emprego. No fim das contas, seu amor maior é por sua carreira e por seu dinheiro. 

Toda essa triste história é apenas um diagnóstico de como tem caminhado nossa sociedade fragilizada de valores morais. Temos visto o avanço desenfreado do feminismo, da ideologia de gênero, das ideologias marxistas, das pautas LGBT+, da linguagem neutra, etc, e constatado a debilidade moral herdada pelo Ocidente. E tudo isso tem, infelizmente, desembocado na maternidade, seja por meio do aborto ou mesmo no controle de natalidade. Essa talvez seja a forma mais eficaz de se destruir uma geração: impedindo que ela nasça. 

Como cristãos, somos chamados à plena obediência ao Senhor. Creio que nos cabe, muitas vezes, atacar o erro com o acerto. É se casando, tendo muitos filhos, em uma família equilibrada, com os papéis de liderança e submissão bem definidos e saudáveis. Mais do que apontar o pecado - algo que devemos fazer sim -, devemos ser radicais na obediência.

Rodrigo Caeté

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