Pular para o conteúdo principal

Quando a ideologia política insensibiliza militantes


Mais um crime bárbaro chocou o Brasil nessas últimas horas, mas o que tem chamado mais a atenção de uma certa parcela da mídia e de militantes profissionais é uma tatuagem do ex-presidiário Lula no braço do criminoso. Não parece normal quando uma tatuagem ganha mais destaque que uma tragédia com vítimas fatais. 

Esse crime foi cometido por Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, que confessou ter assassinado a ex-companheira, Michelle Nicolich, de 37, e um dos filhos do casal, Luiz Inácio Nicolich Lemos, de apenas 2 anos. De um lado, militantes bolsonaristas lançam luz sobre a tatuagem do ex-presidiário, apontando que isso ocorreu porque a mente petista é diabólica, enquanto que do outro lado, petistas afirmam que a razão é a liberação mais ampla da arma de fogo pelo governo federal. Ora, foi a tatuagem ou a arma? Não há mesmo outra opção? Que tal pormos na mesa outra opção? 

"pois todos pecaram..." (Romanos 3.23) 

Paulo oferece a melhor opção para todas as tragédias do homem: o pecado. Esse sujeito não assassinou sua ex-esposa e seu filho porque era lulista. Ele assassinou porque é mau. Assim como todos, ele é pecador e agiu conforme a natureza pecaminosa. Da mesma forma, não foi culpa das armas, pois quem é mau dá um jeito de matar, seja com faca, pau ou no braço mesmo. 

A malignidade do homem se comprova não apenas quando crimes bárbaros como esse aparecem, mas também quando a cegueira político-ideológica dessensibiliza os homens apenas para defenderem certos candidatos. No meio disso tudo, tivemos mais uma família arrasada. Imagina a vida da menina de 5 anos, também filha do casal, que testemunhou tudo e sobreviveu! Portanto, diante de tanta repercussão sobre esse caso, faltou a única opção correta a respeito da culpa: foi o homem nu em seu estado deplorável de pecado e carente de Deus, assim como muitos militantes cegos pelas ideologias humanas.

Rodrigo Caeté 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ninguém explica Deus? Uma análise "preto no branco"

Este texto é uma análise da música “Ninguém explica Deus”, da banda Preto no Branco. Esta música tem feito sucesso no meio gospel , e, como a maior parte da música evangélica atualmente, também tem influenciado bastante na teologia nacional. A questão que se levanta é: será que a teologia pregada (Lutero dizia que a música é a teologia cantada) – direta ou indiretamente – por meio dela está correta? Ela está explicando  acertadamente sobre Deus? Sendo sincero com os autores da letra, dá para entender o que eles estavam querendo dizer com esta música. Penso que a ideia é que, em última análise, nenhum ser finito e criado consegue por força própria c ompreender e explicar o SENHOR na Sua totalidade. Isso é um fato indiscutível! A questão é que entre o que se quer dizer e o que se diz pode haver um abismo gigantesco, e é aí que reside o problema! Em suma, a música congregacional existe para que todos, tanto a pessoa simples e menos culta, quanto a que tem um nível est

Santificação Psicológica e Rituais Evangélicos

No nosso arraial evangélico, sobretudo em momentos de retiro espiritual e encontros de casais, é comum depararmo-nos com um ritual chamado “culto da fogueira”. Quem nunca participou de um, não é mesmo? Esse ritual tem o objetivo psicológico de “queimar”, por assim dizer, os nossos pecados cometidos. Não ouso negar sua eficácia emocional, pois eu mesmo já “senti” que meus pecados foram expurgados na hora em que o bendito papel estava sendo queimado. Que momento psicologicamente maravilhoso e emocionante.  Além do “culto da fogueira”, recentemente me deparei também com o ritual “oração a Deus por meio do balão de gás”. A questão era simples: deveríamos escrever nossos pedidos de oração numa pequena folha de papel e colocar dentro de um balão, que seria inflado com gás e subiria “aos céus”. Não duvido que muitos, vendo aquele balão subindo até sumir da vista, sentem que suas orações chegam lá. Que estratégia emocional e psicológica magnífica! Bem, qual é o problema disso tudo? Tudo.  Assi

DA SÉRIE: LOUVORES HERÉTICOS - LINDO ÉS

Existem algumas músicas que falam do desejo de humilhação de quem canta. Geralmente é assim: "Eu quero me humilhar diante de Ti Senhor", ou algo parecido. O grande problema é que o pressuposto desse clamor é um estado natural de exaltação, o que é um equívoco ao se tratar de um ser humano. O único que de fato se humilhou aqui na terra foi Jesus Cristo. Quando Paulo fala em Filipenses que Ele se esvaziou de sua glória e se humilhou, em outras palavras o apóstolo está dizendo apenas uma coisa: ELE SE TORNOU HOMEM! Cristo não deixou os seus atributos divinos justamente porque ele continua sendo 100% Deus; o humilhar-se dele é o SER UM DE NÓS, HUMANO! O ponto é que ser humano já é um estado de humilhação! Já somos por natureza humilhados. Então, meu amigo querido, não existe a opção "quero me humilhar", a não ser que você seja Deus, o que não é o caso. O que existe é: "eu reconheço meu estado triste de humilhação!" Uma boa canção exige uma do