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"Sou cristão e voto em Lula": ou você não conhece a fé cristã ou não conhece o Lula


O líder nas pesquisas para a candidatura à presidência em 2022, o ex-presidiário e descondenado Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o consórcio de imprensa militante à esquerda, derrotaria o também pré-candidato Jair Bolsonaro se as eleições fossem hoje. O que me deixa inculcado é que o ex-presidiário lidera num país de maioria cristã. Tem algo muito errado, uma vez que as ideologias do descondenado Lula contrariam alguns princípios bíblicos centrais do cristianismo. Das duas, uma: ou os professos cristãos votantes no Lula não conhecem verdadeiramente a fé cristã em sua teoria e práxis ou não conhecem a perigosa ideologia marxista do ex-presidiário. 

Nestas últimas semanas, algumas participações públicas do ex-presidiário mostraram essa falsa compatibilidade entre a fé cristã e o socialismo. Já escrevi aqui sobre a defesa de Lula quanto ao aborto, e a sua translouca busca pela censura da mídia. Todavia, posterior a isso, Lula começou a acenar para o público evangélico, em sua mentira habitual, a fim de angariar votos. No dia 11 de abril de 2022, em um jantar com senadores, ele afirmou que é "mais cristão que Bolsonaro". Já no dia 26 de Abril de 2022, em uma entrevista coletiva concedida a youtubers e editores de sites que apoiam o PT, o descondenado disse que Bolsonaro não acredita em Deus, e que, em seu mandato, os evangélicos eram melhor tratados. Por fim, na última quinta-feira, dia 28 de abril de 2022, ele assin escreveu em seu Twitter oficial: 

"Eu sou cristão, acredito em Deus. E o Deus que eu acredito não pode ser o mesmo que essa gente mentirosa acredita. Como cristão à noite, não consigo mesmo deitar à noite, sabendo que tem alguém dormindo na rua. Que tem gente sem conseguir comprar remédio." 

Todavia, foi justamente no mesmo dia, 28, que Lula participou de um evento realizado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), no qual foi cantado o hino da Internacional Socialista. Ao fim da execução, ele e seu companheiro socialista Geraldo Alckmin (PSB), que, durante muito tempo, rivalizou falsamente com Lula, no famoso teatro das tesouras, aplaudiram o hino. Ora, é inadmissível, teórica e moralmente, assumir o cristianismo e defender uma pauta ideológica que, historicamente, perseguiu e persegue mortalmente os cristãos. Ou é sórdida demagogia política ou é achar que seus eleitores são realmente inábeis intelectualmente. 

Foi Karl Marx, aquele que Lula tanto admira, que disse que a religião era o ópio do povo, uma espécie de prazer ilusório que poderia atrapalhar os ideais comunistas de dominação. Por isso, esse anticristianismo marxista atual não é acidental, mas fundamental na ideologia lulopetista. Para alcançar espaço e lograr êxito ditatorial, vale tudo, até se infiltrar dizendo-se cristão. Vale até negar a realidade de países comunistas atualmente que cerceam a liberdade religiosa e até matam cristãos por apenas serem cristãos. Vale até fingir demência diante das milhões de mortes historicamente registradas, cuja causa foi o comunismo. Mentir, porém, não é nada incomum para aquele que até hoje nega todos os envolvimentos no maior esquema de corrupção que este país já viu. É como ver uma criança na porta da geladeira, de madrugada, com o rostinho todo sujo de chocolate, mas dizendo ao pai que não foi ela que comeu o chocolate. As provas contra o Lula são "sobradas", mas o ex-presidiário mente como um profissional. 

Mas a falcatrua de Lula não me impressiona mais. O que ainda me causa perplexidade é achar um seguidor de Cristo gritando pela soltura de Barrabás. Infelizmente, não é de hoje que boa parte da elite religiosa adora bandido.

Rodrigo Caeté

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