Pular para o conteúdo principal

 A Cassação do Mamaefalei: cuidado para não usar as táticas dos opositores 

O Deputado Estadual por São Paulo Arthur do Val, mais conhecido como Mamaefalei, está passando por um vexatório processo de cassação de seu mandato. Hoje, dia 12 de abril de 2022, o seu pedido de cassação foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Ética da Alesp. Com isso, o processo segue agora para o plenário da casa, e Arthur será cassado e tornará inelegível por 8 anos se a maioria simples dos 94 deputados votar favorável à cassação. Tudo indica que isso irá acontecer. 

Particularmente, não gosto da política do Arthur. Seu jeito combativo o fez, nos últimos tempos, assumir discursos que, até então, eram da esquerda, como chamar o presidente Bolsonaro de genocida e corrupto. Além disso, após se eleger na onda conservadora, passou a se revelar mais de centro nos costumes, o que seria uma aderência, consciente ou inconscientemente, pela cartilha progressista no que se refere aos padrões morais. Nada mais incomum, já que liberal, normalmente, pensa apenas com a mente econômica. Muitos deles acham que tudo se resolve nos cortes de gastos, o que é algo bom, mas não o suficiente. 

Contudo, mesmo diante de toda discordância, não sou favorável a sua cassação. Os áudios dele foram lamentáveis e terríveis, e ninguém deve passar pano para isso. Entretanto, é o eleitor que deve cassá-lo nas urnas. Áudio privado nunca deveria ser motivo para cassação. Esse cerceamento é justamente o jogo da esquerda, e não podemos ceder quanto aos nossos princípios conservadores de liberdade do porque quem está na mira é um opositor político. Não podemos entrar nessa guerra cultural usando as táticas e os valores dos "inimigos", pois um dia essa jurisprudência irá se voltar contra nós.

Rodrigo Caeté 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ninguém explica Deus? Uma análise "preto no branco"

Este texto é uma análise da música “Ninguém explica Deus”, da banda Preto no Branco. Esta música tem feito sucesso no meio gospel , e, como a maior parte da música evangélica atualmente, também tem influenciado bastante na teologia nacional. A questão que se levanta é: será que a teologia pregada (Lutero dizia que a música é a teologia cantada) – direta ou indiretamente – por meio dela está correta? Ela está explicando  acertadamente sobre Deus? Sendo sincero com os autores da letra, dá para entender o que eles estavam querendo dizer com esta música. Penso que a ideia é que, em última análise, nenhum ser finito e criado consegue por força própria c ompreender e explicar o SENHOR na Sua totalidade. Isso é um fato indiscutível! A questão é que entre o que se quer dizer e o que se diz pode haver um abismo gigantesco, e é aí que reside o problema! Em suma, a música congregacional existe para que todos, tanto a pessoa simples e menos culta, quanto a que tem um nível est

Santificação Psicológica e Rituais Evangélicos

No nosso arraial evangélico, sobretudo em momentos de retiro espiritual e encontros de casais, é comum depararmo-nos com um ritual chamado “culto da fogueira”. Quem nunca participou de um, não é mesmo? Esse ritual tem o objetivo psicológico de “queimar”, por assim dizer, os nossos pecados cometidos. Não ouso negar sua eficácia emocional, pois eu mesmo já “senti” que meus pecados foram expurgados na hora em que o bendito papel estava sendo queimado. Que momento psicologicamente maravilhoso e emocionante.  Além do “culto da fogueira”, recentemente me deparei também com o ritual “oração a Deus por meio do balão de gás”. A questão era simples: deveríamos escrever nossos pedidos de oração numa pequena folha de papel e colocar dentro de um balão, que seria inflado com gás e subiria “aos céus”. Não duvido que muitos, vendo aquele balão subindo até sumir da vista, sentem que suas orações chegam lá. Que estratégia emocional e psicológica magnífica! Bem, qual é o problema disso tudo? Tudo.  Assi

DA SÉRIE: LOUVORES HERÉTICOS - LINDO ÉS

Existem algumas músicas que falam do desejo de humilhação de quem canta. Geralmente é assim: "Eu quero me humilhar diante de Ti Senhor", ou algo parecido. O grande problema é que o pressuposto desse clamor é um estado natural de exaltação, o que é um equívoco ao se tratar de um ser humano. O único que de fato se humilhou aqui na terra foi Jesus Cristo. Quando Paulo fala em Filipenses que Ele se esvaziou de sua glória e se humilhou, em outras palavras o apóstolo está dizendo apenas uma coisa: ELE SE TORNOU HOMEM! Cristo não deixou os seus atributos divinos justamente porque ele continua sendo 100% Deus; o humilhar-se dele é o SER UM DE NÓS, HUMANO! O ponto é que ser humano já é um estado de humilhação! Já somos por natureza humilhados. Então, meu amigo querido, não existe a opção "quero me humilhar", a não ser que você seja Deus, o que não é o caso. O que existe é: "eu reconheço meu estado triste de humilhação!" Uma boa canção exige uma do