Iniciei esse texto fazendo essas afirmações vistas por muitos como radicais porque o nosso contexto midiático atual tem comemorado a vitória da escola de samba Grande Rio, a campeã do Carnaval do Rio em 2022. O consórcio de imprensa que tem aversão ao cristianismo tem exaltado a escola campeã por conta de sua temática religiosa em defesa das religiões de matriz africana. O portal de notícias G1 destrinchou o tema da escola da seguinte forma. Acompanhe abaixo:
"Com o enredo 'Fala, Majeté! Sete chaves de Exu', Gabriel Haddad e Leonardo Bora homenagearam o orixá, equivocadamente associado à figura do diabo no imaginário cristão."
"'Exu não é diabo. A maioria das pessoas não sabem o que realmente é o Exu, não estudou o Exu', explica o zelador espiritual Danilo de Oxóssi."
"'É o orixá, é o guardião, é o primeiro que come na mesa dos orixás. O último é Oxalá, que é o rei de todos os orixás. E Exu come primeiro do que ele'."
"'Exu é quem abre os caminhos da gente, é quem traz a prosperidade, quem traz a fartura para a sua casa. Todo mundo cultua Exu na África pois Exu é um guardião de todos os orixás. Ele é o guardião da gente'".
"Exu é a divindade mais brincalhona, assim como o ser humano. Ele traz essa mistura do que é bom e ruim, pecado e santidade, alegria e tristeza, remédio e veneno", disse Bora."
"'Engana-se quem associa Exu a coisas pesadas, sombrias e maléficas. Ao contrário, ele é uma entidade complexa, cheia de variações e a mais parecida com o homem. Está associado ao carnaval, às festas, às artes e até ao lixo. Não o lixo material, mas o lixo de valores, o resto da sociedade que ninguém quer, que está à margem'." (Disponível em <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2022/noticia/2022/04/26/fala-majete-sete-chaves-de-exu-entenda-o-enredo-da-grande-rio-campea-do-carnaval-do-rj.ghtml>)
Embora haja essa glamorização em torno das religiões africanas, a verdade bíblica torna essa festa uma grande tragédia espiritual. Todos os seus adeptos são sim filhos do Diabo, a menos que a graça os alcance. O nome da religião pode mudar, como espiritismo, budismo, hinduísmo, islamismo ou qualquer outra, mas a filiação é a mesma. Nas palavras de Jesus, "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos." (João 8.44). Deus trata como seus filhos apenas os cristãos, e ser cristão não é se dizer cristão ou ter nascido num berço cristão (João 1.13), mas seguir todos os ensinamentos de Jesus (João 15.14). Ser salvo também não significa crer em Deus, pois até os demônios creem, e, diferente de muitos, eles tremem em reverência (Tiago 2.19). É necessário crer que Jesus veio em carne, como Deus, para sofrer a punição de Deus Pai que era devida a nós. Essa crença é acompanhada de arrependimento de todos os pecados e mudança de vida, através de uma luta constante contra as paixões da carne. Certamente, não é isso que vemos em todas essas religiões das obras.
Além dessa condenação explícita da parte de Deus, algumas práticas ritualísticas de algumas religiões de matriz africana também são condenadas pelos próprios homens. Muitos daqueles que estavam acompanhando o desfile em homenagem a Exu são os mesmos que defendem com a própria vida seus "filhos" animais. Ora, em relação a esse ponto, assim diz a revista Super Interessante:
"O candomblé abate bichos de diferentes portes em rituais. A umbanda não aceita a prática, mas ainda assim alguns terreiros a fazem. O que justifica isso? Usando uma faca, o sacerdote abre a garganta do animal. Na sequência, degola o bicho, que ainda se debate. Algumas partes específicas, como o coração e os genitais, são colocadas sobre um alguidar – uma bacia de barro. Esses pedaços serão oferecidos para o orixá que vai 'comer'. O sangue é recolhido e utilizado para sacramentar imagens e instrumentos utilizados no terreiro. Todo o restante do corpo é aproveitado. O couro será usado para fazer atabaques. A carne vira churrasco: os terreiros fazem grandes almoços para os filhos de santo e os visitantes. A pergunta é: precisa mesmo? Ainda faz sentido, no século 21, assassinar animais em nome da fé? 'Óbvio que faz sentido, é parte integrante dos cultos afrobrasileiros', responde o arqueólogo e antropólogo Rodrigo Pereira, pesquisador do Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 'O sacrifício se constitui em um momento de congregação entre deuses e homens. Merece, por isso, respeito e compreensão.' As religiões de matriz africana, incluindo o candomblé, mas também o xangô pernambucano, o batuque gaúcho ou a santería cubana, dão grande importância para o sacrifício de animais. Já a umbanda, no conceito de seu fundador, Zélio Fernandino de Moraes, não mata bichos. Mas existem muitos terreiros que, influenciados por outras religiões de origem africana, oferecem galinhas ou bodes para fortalecer entidades, em especial exus e pombagiras." (Disponível em <https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/amp/>)
E agora? Quem eles irão defender? Os animais ou a religião que sacrifica os animais? Ou dirão "Olha, não é bem assim..."? Na verdade, hipocrisia é a marca d'água da esquerda. Mudam de discurso a partir de conveniência pessoal, ou se alguma bolha progressista impõe. Vamos aguardar de os mesmos defensores dos animais aparecerão para proteger essas criaturas de Deus dos sacrifícios macabros. Enquanto eles se decidem quanto a isso, Deus já tomou sua posição, e de de graça aos arrependidos e condenação eterna a todos os filhos de Satã que seguem todas essas religiões das obras.
Rodrigo Caeté
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