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Lula e a regulamentação da mídia: o caminho dos ditadores


Desde que foi descondenado através do ativismo judicial do STF, o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva tem externado sua insatisfação com a liberdade de expressão. Com o pretexto de se evitar Fake News, tem disparado declarações abertas sobre o seu desejo de regulamentar a mídia. Ora, o que seria isso? Ele deseja acabar com a imprensa? 

É evidente que não. Ele não quer destruir a imprensa brasileira, mas unicamente a imprensa de viés mais conservador. Seu problema é com o contraditório direitista. Como todo autoritário, ele detesta a liberdade de expressão alheia se o que se diz contradiz sua política e impede seu plano de poder. Portanto, ele quer regulamentar a mídia para que a população não tenha acesso a informações verdadeiras sobre corrupção, plano de poder e implantação do regime comunista. 

Os tentáculos do lulopetismo já têm agido assim há um bom tempo. Vejam como tem havido um cerco em relação à mídia mais conservadora. Canais no YouTube sofrem censura ou têm seu alcance reduzido. Exemplos atuais são o jornalista Oswaldo Eustáquio e o canal Terça Livre, de Allan dos Santos. Por mais que eu não concorde com a forma sensacionalista que muitos influenciadores estão a defender pautas de direitas, é notório que eles estão sendo calados apenas por crime de opinião. 

O principal braço esquerdo do lulopetismo hoje é o STF, que deixou de defender a Constituição para ser um puxadinho do PT, agindo politicamente contra a liberdade de expressão, defendendo causas progressistas, como aborto, por exemplo, e atuando para a eleição do seu chefe, o ex-presidiário Lula. Antes da eleição do Presidente Jair Bolsonaro, havia uma grande preocupação em relação a um suposto regime autoritário do atual presidente. O que se percebeu, entretanto, é um presidente que respeita as liberdades de expressão e atua dentro das 4 linhas da Constituição. Isso não significa que não estamos vivendo em um regime de exceção. Sim, temos vivido. Mas não através do poder executivo, mas o pior de todos, o judiciário. Contra ele, quem vai agir? O Senado, que poderia frear ditadores como Alexandre de Moraes, está amordaçado porque muitos têm rabo preso. Não foi isso tudo planejado pela esquerda? É evidente. Todo o plano permitiu que, mesmo não estando na presidência da república, ainda estariam no poder do Brasil, por meio tanto da cultura quanto da política. 

Voltemos ao descondenado Lula. Na última terça-feira, 05 de abril de 2022, em uma entrevista concedida à rádio Lagoa Dourada, de Ponta Grossa, no Paraná, Lula voltou a falar sobre o que ele chama de "regulamentação da mídia", o que nada mais é do que censurar a mídia conservadora. Na ocasião, e disse: 

"É preciso que se tenha uma regulação para separar o joio do trigo, ou seja, não é você tentar evitar que as pessoas sejam verdadeiras, é você tentar evitar fake news, tentar evitar mentiras, tentar evitar mentiras contra a vacina, mentiras contra doenças” 

Mas não é de hoje que ele tem feito declarações como essa. O site Poder 360 enumerou outras 9 vezes em que o corrupto disse querer censurar seus opositores. Se você ainda é simpático ao Lula, leia suas ideias no que concerne à mídia: 

22.nov.2019 – 'Não pode um grupo familiar decidir sozinho o que é notícia e o que não é, com base unicamente em seus interesses políticos e econômicos. Entendo que democratizar a comunicação não é fechar uma TV, é abrir muitas. É fazer a regulação constitucional que está parada há 31 anos, à espera de um momento de coragem do Congresso Nacional', disse no 7º Congresso Nacional do PT. 

20.ago.2021 – 'Ou a gente faz um novo marco regulatório para a comunicação no Brasil ou a gente vai continuar sendo vítima da espoliação de meia dúzia de famílias que mandam na comunicação brasileira. A gente não quer uma regulamentação como a imprensa chinesa não, ou como a imprensa cubana. A gente quer como a imprensa inglesa, a gente quer como a imprensa alemã. A gente quer uma coisa muito bem democrática, mas não pode ser uma democracia que só interessa aos donos dos meios de comunicação', afirmou em São Luís (MA). 

21.ago.2021 – 'É uma coisa que nós temos que voltar a discutir. É preciso atualizar a regulamentação do sistema de comunicação do país. Regulamentar não significa estatizar […] Eu trabalho com a ideia de que nós precisamos fazer uma regulamentação da internet. […] A sociedade tem que participar ativamente para que a gente não possa cometer um ato de censura', disse no complexo portuário de Pecém (CE). 

25.ago.2021 – 'Nós vamos definitivamente regular a comunicação nesse país porque vai ser bom para o país, para a economia e vai ser muito melhor e mais saudável para a democracia', disse em viagem ao Rio Grande do Norte. 

26.ago.2021 – 'Tem alguns setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato. Porque se eu voltar [a ser presidente] eu vou regular os meios de comunicação deste país', afirmou em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador (BA). 

8.out.2021 – 'O que se propõe é que em algum momento da história do Congresso Nacional esse tema [regulação da mídia] possa ser debatido. E não é um tema de um presidente da República, é um tema do Congresso', disse em Brasília (DF). 

19.nov.2021 – 'Vamos ter que regulamentar as redes sociais, regular a internet, colocar parâmetro', declarou durante viagem à Europa. 

1.fev.2022 – 'Acho que nós precisamos fazer uma regulamentação da mídia, atualizá-la aos tempos atuais. E não é o presidente da República que faz. É o Congresso Nacional e a sociedade brasileira. Temos a internet, que é preciso regularizar. É uma coisa extraordinária para a sociedade, mas não pode ser um antro de mentiras', disse em entrevista à Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. 

9.fev.2022 – 'Tem que fazer uma regulação para televisão, rádio. Agora, quem vai fazer? A sociedade. Primeiro através do Congresso Nacional. E o que a gente pode fazer é fomentar o debate na sociedade brasileira. Não é o presidente da República que vai fazer. E agora tem a internet. Você está vendo a confusão na internet […] Não pergunte para mim porque eu não sei como regular, eu não sou especialista nisso. Mas o Brasil deve ter muita gente nas universidades, na sociedade brasileira, que vão saber fazer uma regulação em que a gente não censure, mas em que a gente não permita a libertinagem que tem hoje nos meios de comunicação', declarou à rádio Brasil de Campinas (SP)." (Disponível em <https://www.poder360.com.br/midia/lula-falou-ao-menos-9-vezes-em-regular-midia-depois-de-solto/> 

Países comunistas como China, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, dentre outros, em seu processo de comunização, não disseram ao povo que impediriam a livre imprensa. Quando um ditador, finalmente, chega ao poder, sente logo o prazer de censurar e subordinar seus opositores. Qual país autoritário permite uma imprensa que contrarie o governo? Não existe! O ex-presidiário Lula não esconde sua sede pela censura, mesmo que use palavras bonitinhas contra a própria censura. Se o golpe está aí, acredita quem quer. 

Finalmente, uma questão final que tem deixado muitos perplexos quanto a essa e outras declarações do descondenado. Por que Lula escancararia visões tão radicais que afastariam o eleitor? Estaria ele sofrendo de sincericídio agudo? Estaria sentindo que o povo que o apoia atualmente está, em sua maioria, na mente dos organizadores dos institutos de pesquisas? Ou estaria ele, após ter internamente desistido, provocando uma saída covarde? (Saída covarde seria inventar alguma doença, algum atentado contra si mesmo, etc. Nesse caso, ele passaria o bastão para outro, para não perder de lavada. Seria isso reação ao fato de os militares estarem acompanhando de perto as eleições desse ano?) Como não sabemos ao certo, e estamos apenas indagando com suposições, aguardemos as próximas cenas. Todavia, uma coisa é certa: o ex-presidiário já pôs as cartas na mesa quanto a regulamentação da mídia, e já sabemos qual espectro político seria censurado.

Rodrigo Caeté

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