Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2017

Espírito Pairador: a maravilhosa obra de recriação

  Eu tenho quase certeza de que você nunca ouviu falar sobre esse tal Espírito Pairador, pelo menos não com essa expressão – pairar. Normalmente, nós ouvimos sobre o Espírito SANTO, Espírito do SENHOR, Espírito de CRISTO ou Espírito de SANTIDADE, mas nunca sobre Espírito PAIRADOR. Ora, o que é isso?  Sei que você está curioso para saber de onde eu tirei esta palavra, mas antes de prosseguir, quero fazer uma importante consideração, já que trataremos um pouco sobre um assunto tão complexo como trindade. Pisaremos em terreno sagrado, e é necessário tirarmos a sandália do orgulho para reconhecermos nossa limitação neste assunto.  Geralmente, quando nos referimos às três pessoas da trindade, usamos uma forma didática de numerá-las em primeira, segunda e terceira, da forma como segue abaixo:  1ª pessoa – Deus Pai 2ª pessoa – Deus Filho 3ª pessoa – Deus Espírito Santo  Existe algum problema nisso? Dependendo do entendimento dessa classificação, sim. Em primeiro lugar, é bom que se saiba que

Santificação Psicológica e Rituais Evangélicos

No nosso arraial evangélico, sobretudo em momentos de retiro espiritual e encontros de casais, é comum depararmo-nos com um ritual chamado “culto da fogueira”. Quem nunca participou de um, não é mesmo? Esse ritual tem o objetivo psicológico de “queimar”, por assim dizer, os nossos pecados cometidos. Não ouso negar sua eficácia emocional, pois eu mesmo já “senti” que meus pecados foram expurgados na hora em que o bendito papel estava sendo queimado. Que momento psicologicamente maravilhoso e emocionante.  Além do “culto da fogueira”, recentemente me deparei também com o ritual “oração a Deus por meio do balão de gás”. A questão era simples: deveríamos escrever nossos pedidos de oração numa pequena folha de papel e colocar dentro de um balão, que seria inflado com gás e subiria “aos céus”. Não duvido que muitos, vendo aquele balão subindo até sumir da vista, sentem que suas orações chegam lá. Que estratégia emocional e psicológica magnífica! Bem, qual é o problema disso tudo? Tudo.  Assi

A morte de Jesus não é suficiente para nos salvar

À princípio, o título para ti pode parecer heresia, mas creio que no final do texto você irá mudar de ideia. Pretendo mostrar, brevemente, que não necessitávamos apenas da morte de Cristo na Cruz. Precisávamos de algo a mais para entrar no Céu.  Uma pergunta vai nos ajudar no desenvolvimento dessa ideia: se Cristo morresse na infância, por volta dos seus 3 anos de idade, seríamos salvos por sua morte?  Sei que não se faz boa teologia por meio de especulação, mas garanto que essa especulação é boa, pois vai me ajudar a fundamentar uma doutrina pouco enfatizada atualmente.  A resposta a essa pergunta é um enfático não! Não seríamos salvos se Cristo morresse aos 3 anos de idade. Com isso eu não quero dizer que aos 3 anos Jesus não era puro o suficiente para nos salvar; ele era e foi até o fim! Mas o ponto é que não carecíamos apenas de um substituto vicário, alguém que desse a vida em nosso lugar; precisávamos de mais do que isso! Do que necessitávamos?  A doutrina da imputação, ou da tra

A Bênção do espinho na carne

O espinho na carne de Paulo foi uma bênção para ele. Para que ele não se exaltasse porque teve visões grandiosas de Deus, o SENHOR deu a ele esse espinho como meio de santificação (2 Coríntios 12.7)  Você também não acha curioso que o agente secundário desse espinho tenha sido Satanás? Ora, como que o maior dos assassinos pôde ter contribuído para a santificação de Paulo? Seria bem mais coerente para ele que o apóstolo se tornasse soberbo. Essa seria uma ação mais condizente com sua personalidade.  A verdade é que Satanás foi um tolo e uma marionete nas mãos do Soberano Deus. Por assim dizer, Satanás, no afã de maltratar, acabou sendo um agente para a pureza de Paulo.  É sempre assim! Satanás é sempre o Satanás de Deus! E os nossos espinhos são meios de bênçãos para a nossa santificação.  Que tal olhar para seus espinhos com outras lentes?  Que tal olhar para a pessoa de Satanás com outros olhos?  Tanto nossos espinhos quanto Satanás estão debaixo do controle ativo do nosso Deus, q

Ninguém explica Deus? Uma análise "preto no branco"

Este texto é uma análise da música “Ninguém explica Deus”, da banda Preto no Branco. Esta música tem feito sucesso no meio gospel , e, como a maior parte da música evangélica atualmente, também tem influenciado bastante na teologia nacional. A questão que se levanta é: será que a teologia pregada (Lutero dizia que a música é a teologia cantada) – direta ou indiretamente – por meio dela está correta? Ela está explicando  acertadamente sobre Deus? Sendo sincero com os autores da letra, dá para entender o que eles estavam querendo dizer com esta música. Penso que a ideia é que, em última análise, nenhum ser finito e criado consegue por força própria c ompreender e explicar o SENHOR na Sua totalidade. Isso é um fato indiscutível! A questão é que entre o que se quer dizer e o que se diz pode haver um abismo gigantesco, e é aí que reside o problema! Em suma, a música congregacional existe para que todos, tanto a pessoa simples e menos culta, quanto a que tem um nível est

ÉTICA PROTESTANTE COVARDE

Quem foi que inventou essa ideia não cristã de não citar nomes? Eu gostaria de saber o nome desse sujeito! Nada melhor do que primeiro deixar somente a Escritura se posicionar sobre isso. “Dirijo essa orientação a ti, meu filho Timóteo, levando em consideração o que as profecias anunciavam a teu respeito; com base nelas, trava o bom combate, conservando a fé e uma boa consciência; pois alguns, vindo a rejeitá-la, naufragaram na fé. Entre esses estão Himeneu e Alexandre , os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.” (1 Timóteo 1.18-20 – grifo meu). Paulo aqui, publicamente, por meio desta carta, cita os nomes de Himeneu e Alexandre como pessoas que blasfemam. “Bem sabes que todos os que estão na Ásia me abandonaram, entre eles Fígelo e Hermógenes. (2 Timóteo 1.15 – grifo meu). Novamente, uma citação negativa a respeito desses dois homens apresentados. “...Mas, quando vi que não agiam corretamente, conforme a verdade do evangelho, disse