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Mostrando postagens de janeiro, 2023

Animais vão para o céu? A extensão do sacrifício de Cristo

Talvez possa causar espanto eu iniciar esse texto dizendo que a morte de Cristo alcançou redentivamente os animais. Antes de esclarecer esse ponto, preciso dizer o que os animais não são. Isso é um ponto importante diante de uma cultura cada vez mais tendenciosa a idolatrar animais.  1) Animais não foram criados à imagem e semelhança de Deus. O homem, sim:  "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra." (Gênesis 1.26-28)  Não há qualquer relato em toda Escritura que diga que os animais foram feitos à i

Semeando em meio às lágrimas

Pense em alguém enlutado, em seu período de grande dor e sofrimento, até que chega alguém e diz:  "Ei, se alegre. Confie em Deus e mude esse semblante. Tu não és cristão?"  À primeira vista pode parecer insensibilidade, como se não pudesse haver na vida cristã espaço para o lamento. Entretanto o apóstolo Paulo põe o seguinte mandamento em Filipenses 4.4:  "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."  Seria, então, insensibilidade dizer para um enlutado se alegrar? Antes da resposta, vejamos esse outro verso bíblico:  "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram." (Romanos 12.15)  Como é possível se alegrar o tempo todo e ainda chorar com os que choram? Parece que o verso que unifica essa tese aparentemente contraditória é esse abaixo:  "entristecidos, mas sempre alegres." (2 Coríntios 6.10a)  E aqui parece que achamos um equilíbrio sadio em relação às dores cristãs: é possível ser alegre quando o termômetro de nos

A ética da gratidão

Depois de um longo período de inatividade por aqui, desejo começar 2023 refletindo sobre a ética da gratidão. Imagine essa cena: um amigo te convida para lanchar e diz que será tudo por conta dele. Após o lanche, você diz: "estou te devendo uma..." Ora, em nosso cotidiano, sabemos que isso é mais comum do que imaginamos, pois há um impulso natural de querermos retribuir o bem feito a nós. Aqui está configurado um efeito da gratidão, quando desejamos pagar ao próximo aquilo que recebemos de graça. Com isso em mente, passemos a refletir sobre a graça do Evangelho e nossa gratidão a Deus.  Comumente ouvimos que a nossa santificação é uma forma de expressarmos nosso amor e gratidão a Deus diante de seu sacrifício na cruz por nós. Ao menos, os cristãos sentem uma chama no coração por querer ser santo a um Deus santíssimo que mostrou seu amor por nós. Assim como não há erro nenhum em querermos retribuir um lanche a um amigo, da mesma forma não é errado sermos gratos a Deus através